Africa Basquetebol

07 julho 2015

MOÇAMBIQUE : LIGA MOÇAMBICANA DE BASQUETEBOL: Campeões só com trabalho árduo

O TREINADOR e os jogadores do Desportivo, que se sagraram campeões nacionais de basquetebol, sexta-feira, após vitória por 69-50 sobre o Ferroviário, apontam o trabalho árduo e a perseverança como tendo sido os segredos do sucesso, numa competição que tem sido dominada pelo Maxaquene e Ferroviários de Maputo e da Beira nos últimos anos.
Os atletas dividem louros com o técnico Bernardo Matsimbe, que para eles foi o grande obreiro da conquista. O Desportivo venceu três dos quatro jogos da final do “play-off’’, a melhor de cinco embates, contra um do seu adversário.
Dedico esta conquista ao meu mestre - Bernardo Matsimbe, treinador
“QUERIA antes de tudo dedicar esta vitória a uma pessoa muito especial para mim, que é o meu mestre Nazir Salé. Foi a pessoa que me levou ao basquetebol, ensinou-me cada passo da modalidade. Hoje, se falo de basquetebol, é por causa dele. Aprendi muito e continuo a aprender com ele. Sinto que ainda não tenho muitos conhecimentos da modalidade. Queria dedicar este título, por outro lado, à minha família e à Direcção do clube, que me confiou esta dura batalha, aos jogadores, que acreditaram que eram capazes, aceitaram trabalhar e colaborar comigo. Colocaram em mente que com o trabalho é possível alcançar os resultados desejados. Este foi um campeonato duro, muito competitivo, tenho uma equipa jovem e unida. Trabalho com ela desde o Campeonato da Cidade de Maputo, utilizei os mesmos jogadores desde aquela competição até aqui. De uma forma geral, o trunfo para ganhar o campeonato foi o trabalho e disciplina”, sublinhou.
Vitória de sacrifício - Pio Matos, melhor jogador e marcador da prova
“FIZEMOS tudo para sairmos vitoriosos desta prova. Tivemos de trabalhar de forma incansável. A nossa alternativa ao trabalho foi o próprio trabalho. O segredo da vitória foi, sem dúvidas, o trabalho. Fomos atrás do nosso sonho e acabámos tendo sucesso, felizmente. Queria dedicar esta vitória aos meus pais e irmãos, ou seja, à família em geral. Por agora, a emoção é maior. Estou muito satisfeito por ter ganho também dois prémios individuais, o do MVP e de melhor marcador da competição”, realçou.
Acreditámos que era possível - Paulo Sambo, melhor marcador de triplos
“TENHO de, em primeiro lugar, elogiar os meus colegas pelo contributo que me deram para conseguir este título de melhor marcador de triplos. Trabalhámos muito e acreditámos na filosofia do treinador. Saber como atacar e como defender. Deu-nos boas aulas de basquetebol, por isso que nos superámos. Dizia-nos, por exemplo, que se não tivéssemos como correr, devíamos andar, e se não tivéssemos como andar, tínhamos de gatinhar. Foi uma grande lição, que certamente ficará na memória de todos nós. Fizemos a nossa parte e as coisas saíram como queríamos, o lado psicológico foi certamente o mais forte”.
Triunfo da humildade - Nelson Jossias, melhor ressaltador
“FOI uma grande prova e, acima de tudo, uma final muito quente, com as duas equipas a jogarem de igual para igual. A nossa vitória é prova de humildade e muito treino. Preparámos cada detalhe para encararmos esta final, que, como puderam testemunhar, foi dura. Agora é levantarmos a cabeça e olharmos para os desafios que se aproximam. Temos competições africanas e para o ano haverá mais provas internas”, observou.
 
Um ano muito duro - Sérgio Hitie
“FOI muito emocionante ganhar esta prova. Foi um ano muito duro e de muito trabalho, no qual ganhámos para além do “Nacional”, o Campeonato da Cidade de Maputo. O trabalho falou mais alto e com ajuda do novo treinador conseguimos os objectivos, que há muitos anos perseguíamos. O segredo da vitória foi a nossa perseverança. Somos jovens ambiciosos e que demos tudo para a vitória. Temos de dar mérito ao nosso adversário, que tudo fez para sair vitorioso, isso deu mais eco ao espectáculo”.