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19 dezembro 2012

MOÇAMBIQUE : CAMPEONATO NACIONAL DE BASQUETEBOL - Ferroviário da Beira conquista primeiro título



O FERROVIÁRIO da Beira é novo campeão nacional. Os “Locomotivas” de Chiveve venceram na noite de ontem o Maxaquene por 89-80, em partida da final do “Nacional” de basquetebol em seniores masculinos que vinha decorrendo na cidade de Maputo.
Maputo, Quarta-Feira, 19 de Dezembro de 2012:: Notícias

À semelhança das duas primeiras partidas desta final que foi disputada no sistema de “play-off”, o embate de ontem começou bastante renhido e acima de tudo equilibrado, com as duas formações lançadas ao ataque.
O Maxaquene foi a equipa que mais iniciativas ofensivas teve na etapa inicial, na qual os “locomotivas” privilegiaram o contra-ataque como “arma” do seu jogo. É neste contexto que sempre que Maxaquene conseguisse encestar, os homens de Chiveve devolviam com a mesma “moeda”.
Não foi surpresa para ninguém o facto de as duas equipas terem terminado o primeiro período empatados a 22 pontos.
Chega o segundo período e, o Maxaquene começa. Em baixo da tabela a equipa não conseguia acertar e, muito menos de lá da linha dos seis e vinte cinco. No sector recuado há fragilidades tremendas, vicissitudes bem aproveitadas pela equipa de Chiveve para encher o “saco”. Mitchel, Barros, Muianga e o congolês Mutombo eram pedras no sapato para um Maxaquene com níveis de concentração muito aquém de uma partida da final.
O intervalo chega com os beirenses a vencer por por 41-36. No segundo período, os “tricolores” acusaram em demasia a ausência de Stélio que esteve fisicamente limitado devido a uma lesão contraída no início do jogo.
Mas foi a partir do terceiro período que já se começava a adivinhar o novo campeão. É nesta etapa em que os “locomotivas” conseguiram o maior desnível no “placard”, uma vantagem de 14 pontos, ou seja, 66-52, pese embora o Maxaquene tenha entrado muito bem ao ponto de ter chegado a empatar o jogo aos 46 pontos.
Aliás, o Ferroviário da Beira teve uma resposta avassaladora à recuperação dos tricolores. Luís Hernandez lançou ao jogo as suas principais unidades numa altura em que as “pedras” do Maxaquene já se ressentiam de desgaste físico. Sete Muianga e Mitchel, sobretudo este último fizeram uma partida “cinco estrelas”, diga-se de passagem.
Intransponíveis na defensiva e letais no ataque. A dupla baralhou por completo o adversário, cuja sua maior estrela Nandinho não conseguiu se impor no jogo, deteriorando as contas do Simão Matavel que tinha Stélio a meio gás.
Chega-se ao quarto período com Maxaquene atrás do prejuízo. Nas bancadas os seus adeptos já começavam a perder a cabeça e muitos já não acreditavam num milagre, pois qualquer ponto que a equipa conseguisse tinha uma imediata resposta. Os apoiantes dos “locomotivas”, estes sim, andavam em euforia total
Dito doutra forma, tínhamos pontos aqui e pontos acolá. O Ferroviário jogou com muita astúcia, ao ponto de manter a vantagem acima dos dez pontos nos minutos cruciais, mesmo com pressão em cima dos “tricolores”.
A atitude dos beirenses desnorteou o adversário, que se viu na contingência de cometer muitas faltas nos últimos minutos, o que conferiu muitos lances livres e consequentes pontos.
Nos últimos dois minutos o Maxaquene conseguiu reduzir para seis pontos a desvantagem, mas devido a muitas faltas que cometeu viu o Ferroviário a fugir para nove, fixando o resultado final em 89-80, conquistando o inédito título, depois de ter vencido a primeira final por 88-84 , na noite de domingo.