Africa Basquetebol

16 julho 2007

MOÇAMBIQUE : IX JOGOS AFRICANOS: A história repete-se no basquetebol!

As nossas meninas do basquete desiludiram
As nossas meninas do basquete desiludiram

QUEM pensava que desta vez a história seria outra, enganou-se redondamente porque efectivamente a música voltou a ser a mesma. Perdemos na terceira jornada do Grupo “A” de basquetebol nos IX Jogos Africanos que decorrem em Argel com Angola. E de que maneira? De forma muito infantil e por apenas dois pontos de diferença (46-48). Mas tudo continua em aberto na luta pelo primeiro lugar do grupo. Entretanto, hoje regressamos ao campo, depois de um dia de descanso, para defrontarmos a RDCongo (última jornada desta fase inicial).
Maputo, Segunda-Feira, 16 de Julho de 2007:: Notícias

Nas outras modalidades, o judo já terminou a competição, com Edson Madeira a conseguir um quinto lugar que não deu para entrar para a lista dos medalhados. Na natação, a prestação não foi das melhores e no xadrez, apesar de um início conturbado, Moçambique vai recuperando aos poucos. O karate compete a partir desta manhã. O tae-kwando só a 20 e 21 a 200 quilómetros do centro da capital argelina e o atletismo começa no dia 18.

Já era de esperar que a selecção nacional de basquetebol sénior feminina enfrentasse dificuldades frente às angolanas dada a rivalidade existente entre os dois países neste tipo de competições, mas nunca ninguém esperou que se perdesse daquela forma muito infantil e que deixou toda a delegação triste e a questionar-se. Afinal o que querem estas meninas?

Moçambique apresentou-se muito mal neste encontro. Só para citar um exemplo, e que durante o primeiro período só marcamos três pontos contra 13 de Angola. Isto mexeu com toda gente. Os técnicos entraram em pânico, porque não havia explicação para este baixo rendimento depois de um trabalho aturado de preparação com vista a estes Jogos Africanos. Com um estágio em Portugal, inclusivamente.

Mas esse foi um mal menor porque a equipa reagiu de imediato e a dois minutos do final do segundo período reduziu para apenas um ponto, para ao intervalo o resultado estar em 21-18 favorável ás angolanas.

O terceiro período – e o subsequente – , foi de um verdadeiro toma-lá e da-cá. com o jogo ater outro andamento, mas com as moçambicanas a reagirem em função do adversário. Porém, a sete minutos do final do terceiro período passamos para a frente no marcador (22-21). Pensava-se que seria o fim de Angola. Mas enganamo-nos, mais uma vez, porque doutro lado estava uma veterana chamada Irene Guerreiro que ia encaixando os triplos sem nenhuma oposição. Novamente a três minutos do final ainda desta etapa tomamos a dianteira momentaneamente (27-26), mas voltamos a cair no ridículo. A verdade é que a equipa não reagiu. As atletas demonstravam uma tremenda falta de concentração, principalmente nos lances livres a que tínhamos direito. Referenciar que tivemos três séries de lances livres que convertidos dariam seis pontos e que desperdiçamos. Então o que esperávamos?

O quarto e ultimo período foi de muito stress. As angolanas sempre levaram a melhor por um ponto e só dilataram para sete a quase um minuto do final da partida. Aí as nossas meninas correram atrás do prejuízo. E por pouco não arrastavam o jogo para o prolongamento. Ora vejamos, a sete segundos perdíamos por dois pontos de diferença. Beneficiamos de dois lances livres que davam para empatar o jogo. Mas só convertemos um, o primeiro. No ressalto do segundo lançamento, cometemos falta, que deu dois lances às angolanas. Irene Guerreiro também converteu um e o encontro terminou com o marcador em 48-46.

Feitas as contas, esta equipa está com falta de confiança. As atletas não arriscam. Parece estarem presas a certos sistemas de jogo que não conseguimos ver. Precisa-se de mudanças se quisermos continuar em frente, principalmente para o jogo de hoje frente à RDCongo, que é tida como uma das melhores equipas deste evento.

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