Africa Basquetebol

14 março 2007

MOÇAMBIQUE : Ferroviário esmera-se para a Taça de África


O HORIZONTE continental preconizado pelo Ferroviário para a sua bola-ao-cesto, tendo em conta a Taça dos Campeões de África, acelerou a capacidade organizativa e de imaginação dos seus dirigentes, os quais apostam, nomeadamente em femininos, na conquista do título, depois do segundo lugar conseguido na edição passada, em Libreville, capital do Gabão. Para tanto, a maior aposta reside na mais internacional basquetebolista moçambicana, Clarisse Machanguana, após se ter assegurado os serviços da também craque Carla Silva, que abandonou o rival ISPU. Já em masculinos, apesar de o sonho não passar pela medalha de ouro, os “locomotivas” não deixam de caprichar, devendo apresentar como novidade um jogador norte-americano, que se espera venha fazer a diferença.

Este esmerar todo do Ferroviário encontra a sua razão de ser no facto de a principal competição africana de clubes decorrer em Maputo, primeiro em Maio, a fase preliminar de masculinos e femininos, e em Outubro a etapa decisiva de femininos, na qual as “verde-e-branca” procurarão fazer com que o título resida entre nós, após o terem perdido a favor do 1º de Agosto, de Angola.

Com as provas nacionais todas ganhas, a linguagem dos “locomotivas”, traduzida pelo seu responsável do departamento, Carlos Lima, consubstancia-se no seguinte: com muito trabalho, prometemos fazer o melhor; estamos satisfeitos, mas queremos mais. Os presentes na sala onde o Ferroviário efectuou a apresentação do seu projecto basquetebolístico aplaudiram este desafio, sobretudo porque o mesmo é sustentando em factos concretos, nomeadamente o reforço da turma feminina por Clarisse Machanguana, após o ingresso de Carla Silva, e a masculina por um basquetebolista estadunidense.

Paralelamente, a também experiente Deolinda Gimo, neste momento ao serviço da bola-ao-cesto lusitana, assim como a congolesa Pauline Nsimbo, apresentada no último Campeonato Nacional, serão requisitadas para fortificar as hostes “locomotivas”, daí a crença no título e acima de tudo oferecer momentos de verdadeiro júbilo aos moçambicanos, já que a prova terá lugar no nosso quintal.

PLANTEL EQUILIBRADO


Porque missões espinhosas lhe reservam este ano, o Ferroviário procurou manter o equilíbrio no seu plantel, isto é, as poucas saídas não perturbarem a invejável qualidade das equipas. Em femininos, as internacionais Ana Flávia Azinheira e Nádia Rodrigues, tal como se previa, em face das desinteligências com o clube, saíram para o ISPU, de onde, a compensar, foi Carla Silva. Nádia Zucule, que durante a época transacta não jogou em nenhum clube, senão na selecção que disputou o Campeonato Africano de Sub-20, regressou à colectividade verde-e-branca.

Tendo como treinador Carlos Aik, coadjuvado por Hassane Adamo, o plantel das campeãs nacionais é o seguinte: Zinóbia Machanguana, Rute Muianga, Carla Silva, Janete Monteiro, Júlia Machalela, Márcia Langa, Sílvia Langa, Ondina Nhampossa, Tatiana Ismael, Nádia Zucule e Inocência. À este grupo, quando chegar o momento da “grande festa africana”, juntar-se-ão Clarisse Machanguana, Deolinda Gimo e Pauline Nsimbo.

Em relação à equipa masculina, Papaíto e Beto Matholo passam a treinadores, o primeiro das camadas jovens e o segundo auxiliando Carlos Alberto Niquice (Bitcho) nos seniores. A composição dos atletas é esta: Beto Macuácua, Ricardo Alípio, Acácio Mambo, Bruno Dias, Edson, Custódio Muchate, Gerson Novela, Octávio Magoliço, Evaldo e Víctor Tamele.


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